Governador Ronaldo Caiado mantém planos de candidatura à Presidência em 2026, apesar de racha no União Brasil
O governador Ronaldo Caiado tem mantido sua intenção de concorrer à Presidência da República em 2026 pelo União Brasil, apesar dos obstáculos gerados pela divisão política na sigla. Enquanto uma ala do partido o apoia como postulante ao Planalto, outra prefere apoiar uma eventual candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil), afirmou em entrevista ao jornal O Globo no fim de semana que não vê probabilidade de o partido lançar um candidato em 2026. “Eu entendo a vontade pessoal do governador Caiado, mas o União Brasil ainda não se posicionou em relação à candidatura presidencial para 2026. Inclusive eu, particularmente, penso que é muito mais provável que o União caminhe com o presidente Lula do que se arrisque em uma aventura de lançar um candidato”, disse.
A disputa pelo comando do partido tem alimentado a agitação interna no União Brasil em relação ao apoio a um nome na eleição presidencial de 2026. A executiva da sigla aprovou em 20 de março o afastamento do deputado federal Luciano Bivar (PE) da presidência. Em seu lugar, assumiu o advogado Antônio Rueda (PE), apoiado por Caiado e eleito pela maioria.
Bivar, mais alinhado ao governo Lula, sinalizava que o União Brasil poderia apoiá-lo numa eventual candidatura à reeleição em 2026. Rueda, por sua vez, tem indicado que o partido poderá viabilizar a candidatura de Caiado ao Planalto. Apesar do afastamento da presidência, o União Brasil evitou expulsar Bivar. O vice-presidente estadual do União em Goiás, Delegado Waldir, considera que a permanência de Bivar na legenda não deve interferir nos planos de Caiado.
A disputa política dentro do partido ganhou novos contornos após um incêndio nas casas de Antônio Rueda e de sua irmã, Maria Emília Rueda, em Ipojuca (PE). Rueda alegou que Bivar vinha ameaçando sua família. Em resposta, Caiado acusou Bivar de agir como um “desqualificado” ao fazer ameaças. Bivar, por sua vez, negou as acusações e classificou o incêndio como “ilação”.