A recente invasão do escritório da deputada federal Silvye Alves configura-se como um crime de violência política de gênero, conforme atestado por seu advogado. Essa tipificação se baseia na Lei nº 14.192/2021, que reconhece e pune atos de violência contra mulheres no âmbito político, incluindo assédio, constrangimento, humilhação, perseguição ou ameaça.

A violência política de gênero é um problema grave que afeta diretamente a participação das mulheres na política. Segundo dados do Ministério Público Federal (MPF), desde a sanção da lei em 2021, já foram registrados 112 procedimentos relacionados a essa forma de violência.

As eleições de 2024 se aproximam e a violência política de gênero se configura como um desafio a ser superado. A legislação brasileira, considerada referência na América Latina, avança no combate a essa prática, mas ainda há muito a ser feito.

A procuradora regional da República e coordenadora do Grupo de Trabalho Violência Política de Gênero da Vice-Presidência da República, Raquel Branquinho, destaca a importância do trabalho junto aos partidos políticos, mas reconhece que alguns ainda se mostram resistentes.

É fundamental que a sociedade se mobilize para combater a violência política de gênero e garantir que as mulheres possam exercer seus direitos políticos livremente e sem medo.

Para além da tipificação legal, é crucial que haja medidas de prevenção e educação para conscientizar a população sobre a gravidade desse crime. A participação de todos é fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária.