Hoje, dia 4, a Polícia Federal lançou a Operação RedeX, com o objetivo de combater práticas fraudulentas na obtenção e recebimento do Seguro-Desemprego, um benefício fornecido pelo Governo Federal para oferecer auxílio financeiro temporário a trabalhadores dispensados involuntariamente.

Agentes da Polícia Federal estão executando 21 mandados judiciais em várias localidades, incluindo Jataí, Cuiabá e Sinop, no Mato Grosso, Macapá, no Amapá, Parauapebas e Redenção, no Pará, e São Luís, no Maranhão.

Os criminosos envolvidos recrutavam servidores públicos associados ao Sistema Nacional de Emprego (SINE) por meio de promessas e pagamento de suborno. Esses agentes públicos eram induzidos a inserir informações falsas no sistema do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ou a emprestar suas senhas para terceiros efetuarem a ação. Consequentemente, parcelas indevidas do Seguro-Desemprego eram pagas a intermediários (“laranjas”) que, por sua vez, repassavam parte dos valores ilicitamente recebidos aos organizadores do esquema criminoso.

A investigação revelou até o momento a ocorrência de 12 mil requerimentos fraudulentos de seguro-desemprego, acarretando um prejuízo de R$ 11.900.111,12 aos cofres públicos. Acredita-se que a neutralização dessa atividade criminosa tenha evitado um prejuízo adicional de mais 7,2 milhões de reais.

Os crimes sob investigação incluem estelionato, corrupção ativa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e associação criminosa. O nome da operação, RedeX, faz referência à cidade de Redenção, no Pará, que é o local de residência da maioria dos investigados. O “X” representa a multiplicação das fraudes, prejudicando os cofres públicos.