Veredito no Caso Zuilda: Acusados do Assassinato da Enfermeira Zuilda Correia Rodrigues Considerados Culpados

O júri popular do assassinato da enfermeira Zuilda Correia Rodrigues, ocorrido em setembro de 2019 em Sinop, encerrou na madrugada de ontem (1º) com a condenação dos dois denunciados pela promotoria. Ronaldo da Rosa, marido de Zuilda, foi sentenciado a 17 anos de prisão, enquanto o ex-policial militar Marcos Vinícius Pereira Ricardi recebeu uma pena de 16 anos de reclusão. Ambos foram considerados culpados pelos jurados pelos crimes de homicídio qualificado, cometido de maneira cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, além de feminicídio e ocultação de cadáver.

O julgamento, que durou aproximadamente 17 horas, ocorreu na comarca de Sinop. A juíza Rosângela Zacarkim detalhou a dosimetria das penas, explicando que Marcos Vinicius foi condenado com quatro qualificadoras, enquanto Ronaldo teve uma qualificadora retirada, resultando em penas base de 18 e 16 anos, respectivamente. A magistrada esclareceu que Marcos Vinicius, por ter confessado, teve uma redução de um sexto em sua pena, enquanto Ronaldo não confessou e, portanto, não teve esse benefício.

Ambos os condenados já cumpriram parte de suas penas e estavam em liberdade provisória, porém foram sentenciados a cumprir o restante da pena em regime fechado. A promotoria de Justiça, representada por Herbert Ferreira, destacou que a decisão dos jurados enviou uma mensagem clara à sociedade sinopense de que a criminalidade, especialmente o feminicídio, não será tolerada.

Os advogados de defesa, por sua vez, afirmaram que irão recorrer das sentenças. José Everaldo, que defendeu Marcos Vinícius, planeja apelar ao Tribunal de Justiça e ao Superior Tribunal de Justiça, buscando a redução de algumas das qualificadoras. Já Bruno Hintz, advogado de Ronaldo Rosa, discordou da decisão do júri e está analisando as possibilidades de recurso.

O caso envolveu a prisão de Ronaldo Rosa, em outubro de 2019, em Sinop, após a confissão de Marcos Vinícius, que revelou ter jogado o corpo de Zuilda em uma tubulação nas proximidades do centro de eventos Dante de Oliveira. O ex-policial admitiu ter participado do espancamento que resultou na morte da enfermeira. Zuilda Correia Rodrigues era funcionária de um hospital e desapareceu em 27 de setembro de 2019, sendo posteriormente velada e sepultada em Sinop.