Padre José Eduardo de Oliveira e Silva alvo da “Operação Tempus Veritatis” da Polícia Federal
O padre José Eduardo de Oliveira e Silva, de 43 anos, foi um dos alvos da “Operação Tempus Veritatis” realizada pela Polícia Federal no Brasil. A operação, que ocorreu na quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024, investigou uma suposta tentativa de derrubar o estado democrático e abolir o Estado de Direito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. O padre, vinculado à Diocese de Osasco (SP), foi encontrado exibindo uma bandeira do Brasil no altar de sua paróquia durante as eleições de 2022. A Polícia Federal identificou sua participação em uma reunião em 19 de novembro de 2022, onde supostamente foi discutido um plano para impedir a posse do então-presidente eleito, Lula (PT). O padre, que tem mais de 300.000 seguidores no Instagram, foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal. Em um documento enviado ao Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal afirmou que o padre “possui um site em seu nome através do qual foi possível verificar vários links para pessoas e empresas já sob investigação em inquéritos relacionados à produção e disseminação de fake news.” O padre, que possui um doutorado em teologia moral pela Universidade da Santa Cruz em Roma, ganhou destaque em 2017 por suas declarações. A operação também teve como alvo outras pessoas, incluindo o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o coronel Mauro César Cid e Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, que foi preso. As conexões do padre com pessoas e empresas investigadas pela disseminação de fake news também foram destacadas na decisão emitida pelo Supremo Tribunal Federal. O padre nasceu em Piracicaba, no interior de São Paulo. O envolvimento do padre na operação faz parte de uma investigação mais ampla sobre a disseminação de fake news e supostas tentativas de minar as instituições democráticas no Brasil.