Gripe e SRAG: Secretaria de Saúde Destaca a Crucial Necessidade de Vacinação
O aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) junto com a chegada do clima frio e seco trazem à tona a importância da vacinação contra doenças como a gripe (Influenza). A Secretaria de Saúde destaca o papel crucial das vacinas, disponíveis na rede pública de saúde para toda a população acima de 6 meses, de forma gratuita, como medida preventiva contra casos graves e óbitos.
Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da SES, enfatiza que “as vacinas sempre salvaram e continuam salvando vidas”.
VACINAS REDUZEM INTERNAÇÕES E MORTES “Estamos enfrentando um período com hospitais cheios de pacientes com doenças respiratórias, especialmente idosos e crianças, e são as vacinas que podem evitar internações e mortes”, afirma. A especialista destaca duas razões cruciais para a população se vacinar contra a gripe todos os anos.
A primeira razão é que os vírus sofrem mutações, e a atualização das cepas das vacinas contra a Influenza é essencial para sua eficácia. Esse processo de atualização é realizado por meio de um monitoramento constante feito por unidades de saúde chamadas “sentinelas”, que coletam amostras de secreções de pessoas sintomáticas para análise nos Laboratórios de Saúde Pública Giovanni Cysneiros (Lacen), Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS).
A segunda razão é a necessidade de reforçar a imunidade daqueles que recebem a vacina. Após a imunização, a proteção começa a diminuir em cerca de 10 meses, tornando necessária a revacinação. Anteriormente restrito a grupos específicos, o imunizante agora está disponível para toda a população acima de 6 meses. O estado recebeu 952 mil doses, já distribuídas para mais de 900 salas de vacinação nos municípios.
Os números de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) são uma preocupação para a SES. Em 2024, foram registrados 2.559 casos, sendo 161 por Influenza e 480 por Covid-19. A maioria das notificações de SRAG este ano ocorreu entre crianças menores de 2 anos (1.056) e idosos com mais de 60 anos (557). Atualmente, a cobertura da vacina contra Influenza entre os grupos prioritários em Goiás é de 24,49%, enquanto no Brasil chega a 29,77%.
VIGILÂNCIA SENTINELA A vigilância sentinela de síndrome gripal pode indicar o início da sazonalidade, epidemias ou surtos causados pelos vírus influenza.
Cada unidade sentinela pode coletar até vinte amostras semanais (amostras clínicas) de pessoas sintomáticas por meio de swab orofaríngeo. Em Goiânia, o Ciams Novo Horizonte desempenha esse papel. Além disso, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Posse, Uruaçu, Planaltina, Campos Belos e outros municípios também possuem unidades sentinela.
Todos os anos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica a composição das vacinas contra influenza que serão utilizadas no ano seguinte.
Para 2024, por exemplo, as vacinas trivalentes produzidas foram para as seguintes cepas: Influenza A/Victoria, Influenza A/Thailand e Influenza B/Austria (B/linhagem Victoria). Além da Influenza, a revacinação também é importante para doenças como a Covid-19, outro vírus que sofre mutações.