
“Tiro no pé”: Como as tarifas dos EUA fortaleceram o real e impulsionaram a economia brasileira
O que começou como uma tentativa de pressão econômica acabou se revelando uma jogada desastrosa. As tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, vendidas como um movimento estratégico para enfraquecer o Brasil, resultaram no efeito oposto: o real se valorizou e a economia brasileira deu sinais de fortalecimento.
O real surpreende e os números falam por si
Nas últimas semanas, o real foi a moeda com melhor desempenho entre as principais divisas globais. Essa valorização não aconteceu por acaso. A pressão externa estimulou a entrada de investimentos estrangeiros, aumentou a competitividade dos produtos brasileiros e fortaleceu a estabilidade percebida na condução econômica do país, especialmente pelas ações do Banco Central.
Na prática, o “tarifaço” norte-americano, que deveria asfixiar a economia brasileira, acabou por impulsionar setores estratégicos de exportação e por melhorar a relação cambial do país com o dólar.
A política de sanções e os erros da radicalização
Economicamente, o recado era claro: dificultar o acesso de produtos brasileiros ao mercado americano. Porém, ignorou-se um fator essencial: o mundo está mais interconectado e o Brasil tem alternativas comerciais. Com isso, os EUA acabaram criando uma oportunidade para que o Brasil buscasse outros mercados e se tornasse ainda mais atraente aos investidores.
Politicamente, o cenário é ainda mais constrangedor para a extrema direita brasileira. Figuras como Eduardo Bolsonaro, que apostaram na estratégia como forma de pressionar o governo Lula, viram suas intenções fracassarem. A política externa agressiva dos aliados ideológicos do ex-presidente Jair Bolsonaro não apenas falhou, como enfraqueceu ainda mais seu discurso.
A hipocrisia do discurso
A ironia é visível. Enquanto Eduardo Bolsonaro se refugiava nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro enfrenta prisão domiciliar no Brasil. A retórica de força e retaliação virou uma narrativa de fracasso. Mostrou-se que barreiras comerciais, quando motivadas por ideologias e não por análises técnicas, tendem a falhar.
Reflexão final: quem tenta punir, pode se punir primeiro
A tentativa americana de usar sua força econômica como ferramenta de intimidação acabou revelando mais sobre sua miopia política do que sobre a fragilidade brasileira. O Brasil respondeu com estabilidade, atração de capital e crescimento.