O Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), por meio do Centro de Apoio Operacional da Saúde e do Grupo de Atuação Especial da Saúde (GAE Saúde), enviou um ofício urgente ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, à Secretaria Municipal de Saúde e ao procurador-geral do município. O documento, datado de 30 de novembro de 2024, alerta para a grave situação da saúde pública na capital, destacando a falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde e nas Unidades Pré-Hospitalares, além da carência de profissionais de saúde nessas unidades.

A iniciativa do MPGO ocorreu após reunião com a presença da secretária municipal de Saúde e do secretário de Estado da Saúde, onde foram discutidos os desafios enfrentados pelo sistema de saúde municipal. O órgão solicita providências urgentes para a aquisição dos medicamentos faltantes e a reposição do quadro de profissionais, enfatizando que a assistência à saúde da população dependente do SUS deve ser plena e tempestiva, em respeito ao princípio da dignidade humana.

Essa ação do MPGO reflete uma série de medidas adotadas para garantir o direito à saúde dos cidadãos goianienses. Em agosto de 2024, o Ministério Público já havia estabelecido um prazo de 15 dias para que a prefeitura resolvesse problemas críticos no atendimento à população nas unidades de saúde da capital, após denúncias de longos tempos de espera e falta de leitos.

A crise na saúde pública de Goiânia tem sido marcada por denúncias recorrentes de falta de materiais, insumos e medicamentos essenciais, afetando diretamente o atendimento à população. Servidores das unidades de saúde relatam a ausência de itens básicos, como soro, luvas descartáveis e medicamentos para doenças crônicas, comprometendo a qualidade dos serviços prestados.

Cenário, o MPGO reforça a necessidade de ações imediatas por parte da administração municipal para assegurar o direito constitucional à saúde e evitar o agravamento da crise no sistema público de saúde de Goiânia.