A Justiça converteu em preventiva a prisão de José Júnior Fernandes Mota, motorista da caminhonete Hilux suspeito de provocar o acidente que deixou oito mortos na BR-153, em Campinorte, no último sábado (20). A decisão foi tomada neste domingo (21) pelo juiz José de Bessa Carvalho Filho, após manifestação favorável do Ministério Público de Goiás (MPGO).

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo conduzido por José Júnior colidiu na traseira de um carro ocupado por uma família de seis pessoas, que saiu da pista e bateu em um caminhão. O impacto ainda envolveu uma motocicleta, matando seu passageiro e deixando a condutora gravemente ferida. Entre as vítimas fatais estão o casal Mário da Silva Souto e Dayane Pereira dos Santos, além dos quatro filhos — José Victor, 17, Emanuela, 14, José Arthur, 10, e Théo, de apenas 3 anos.

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Após a colisão, o suspeito fugiu do local sem prestar socorro e só foi localizado algumas horas depois, após denúncia anônima. Submetido ao teste do etilômetro, apresentou índice de 0,89 mg/l, quase três vezes acima do limite considerado crime de trânsito.

Na decisão, o magistrado destacou a gravidade da conduta e a necessidade de manter o suspeito preso para resguardar a ordem pública. “Considerando a dinâmica do acidente por ele supostamente provocado, bem como pelo fato de ter exposto a risco a vida de inúmeros terceiros, ao conduzir veículo automotor sob efeito de álcool em via de intenso fluxo viário, justifica-se a segregação cautelar”, escreveu o juiz.

O magistrado ainda enfatizou a fuga do local como fator que reforça a periculosidade do condutor. “Tais elementos justificam, de forma concreta, a necessidade de sua segregação cautelar, a fim de resguardar a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal”, completou.

O motorista segue preso e à disposição da Justiça. O caso é investigado como homicídio doloso, quando há intenção de matar, em razão da embriaguez ao volante e da fuga sem prestar socorro.