
Cobre na dieta pode fortalecer o cérebro e prevenir o declínio cognitivo, aponta estudo
Uma nova pesquisa da Universidade Médica de Hebei, na China, revelou que aumentar moderadamente a ingestão de cobre na dieta pode melhorar a função cerebral e até ajudar a prevenir o declínio cognitivo com o envelhecimento. O estudo analisou dados alimentares e de saúde de 2.420 americanos com 60 anos ou mais, ao longo de quatro anos.
De acordo com os pesquisadores, os participantes que consumiram mais cobre obtiveram melhores resultados em testes cognitivos, especialmente aqueles que já haviam sofrido um derrame. O estudo manteve resultados consistentes mesmo após o controle de variáveis como idade, sexo e doenças crônicas.
“O cobre na dieta é crucial para a saúde do cérebro”, afirmou o professor Weiai Jia, autor principal da pesquisa. Segundo ele, o metal atua na regulação de neurotransmissores ligados à memória, aprendizado e atenção, além de auxiliar na produção de energia celular e na proteção dos neurônios contra danos.
Contudo, o estudo também alerta para os riscos do excesso de cobre, que pode provocar estresse oxidativo e contribuir para doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. A dosagem ideal identificada pelos cientistas é de 1,22 miligramas por dia.
Como o corpo humano não produz cobre naturalmente, é preciso obtê-lo por meio da alimentação. Entre as principais fontes estão:
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Mariscos e frutos do mar
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Carnes de fígado (principalmente bovino)
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Nozes e sementes
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Cogumelos shiitake
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Feijões e leguminosas
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Chocolate amargo
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Grãos integrais
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Folhas verdes, como espinafre e couve
Além de beneficiar o cérebro, o cobre também é fundamental para a produção de glóbulos vermelhos, absorção de ferro, saúde óssea e vascular, sistema imunológico e síntese de colágeno.
Os pesquisadores ressaltam que mais estudos de longo prazo são necessários, mas os dados indicam que o cobre pode desempenhar um papel estratégico na promoção do envelhecimento saudável — especialmente em uma população cada vez mais afetada por demência e déficits cognitivos.